O Marxismo Ocidental

AUTOR:
Merquior, José Guilherme

POSFÁCIO:
Rocha, João Cezar de Castro e Pereira, José Mario

TRADUÇÃO:
Barbosa, Raul de Sá

Editora:
É Realizações

Gênero:
Ciências Humanas e Sociais

Subgênero:
Política

Formato:
13,5 x 23,3 cm

Número de Páginas:
352

Acabamento:
Brochura

ISBN:
978-85-8033-343-5

Ano:
2018
Pertence à coleção:
Biblioteca José Guilherme Merquior

Tags:
esquerda política, teoria crítica, Escola de Frankfurt, filosofia política e filosofia contemporânea

Sinopse

Chama-se marxismo ocidental à corrente dos intelectuais de esquerda que expressaram reservas em relação ao socialismo autoritário e que concentraram a aplicação dos conceitos marxistas na análise dos temas da cultura, muito mais que na dos problemas econômicos. Expondo com detalhes as suas fontes – em Hegel e Marx –, os seus fundamentos – em Lukács e Gramsci – e as suas implicações – em Benjamin, Adorno, Horkheimer, Sartre, Althusser, Marcuse, Habermas, entre outros –, José Guilherme Merquior sustenta que a crítica cultural empreendida por tais pensadores foi, com variações de grau, abstrata e generalizante. O Marxismo Ocidental foi elogiado por John Gray, eleito “livro do ano” no Financial Times e editado em espanhol por Octavio Paz. Esta reedição inclui uma extensa galeria de fac-símiles de reportagens, cartas e manuscritos relacionados à obra.

Esta edição conta com acesso exclusivo ao documentário "José Guilherme Merquior – Paixão pela Razão". As instruções para assistir ao documentário e outras informações sobre o livro encontram-se no final desta página, logo abaixo da seção "OBRAS RELACIONADAS"!

  • Saiu na mídia

    Matéria O Marxismo Ocidental

    Acidez com Ironia

    Filosofia Ciência & Vida | 15 de outubro de 2018

    Disponível em PDF

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SOBRE O LIVRO

Elogiado no The Times Literary Supplement por John Gray, um dos mais importantes filósofos políticos contemporâneos, e escolhido pelo professor de Cambridge George Watson em resposta à enquete do Financial Times “Meu Livro do Ano”, O Marxismo Ocidental demonstra a força de José Guilherme Merquior como embaixador de ideias e como leitor crítico da tradição. A corrente de pensamento a que se atribuíra o nome que dá título ao livro consistia nos pensadores de esquerda que não estavam institucionalmente compromissados com o regime da União Soviética e que, em vez de insistir nos princípios marxistas como ferramentas de análise econômica, concentraram a sua aplicação na avaliação de temas culturais. Entre os intelectuais recentes, se agrupariam sob esse rótulo tanto a conhecida Escola de Frankfurt (também denominada teoria crítica) como pensadores estruturalistas e pós-estruturalistas, e ainda outros. A obra principia seu itinerário por uma exposição cuidadosa das duas fontes maiores dessa recente tradição: a filosofia de Hegel, por um lado, e, por outro lado, é claro, o pensamento de Karl Marx. Detém-se, a seguir, ante os fundamentos de tal escola: a crítica cultural promovida por Georg Lukács e a visão de história sustentada por Antonio Gramsci – sem desconsiderarem-se as contribuições de Ernst Bloch e Karl Korsch. Examinam-se então as ideias dos mais expressivos filósofos entre os marxistas ocidentais no período que sucedeu a Segunda Grande Guerra: os iniciadores da Escola de Frankfurt, Walter Benjamin, Theodor Adorno e Max Horkheimer; fenomenólogos, existencialistas, estruturalistas e pós-estruturalistas, como Jean-Paul Sartre e Louis Althusser; e outros nomes da teoria crítica alemã, como Herbert Marcuse e Jürgen Habermas, ainda ativo. O livro se encerra com um balanço crítico do quadro traçado durante seu percurso e com o vislumbre de horizontes “pós-marxistas” que teriam começado a despontar nos movimentos atuais da reflexão interna à esquerda.

Originalmente escrito em inglês, O Marxismo Ocidental é sobretudo corajoso. Nele Merquior polemiza diretamente com algumas das figuras mais benquistas da filosofia e do pensamento social contemporâneos. De passagem, também expõe discordâncias com alguns não marxistas – por exemplo, com as leituras conservadora e holista de Hegel defendidas por filósofos como Roger Scruton, Michael Oakeshott, Eric Weil e Charles Taylor. Ao mesmo tempo que constitui a intervenção de um pensador brasileiro no debate acadêmico internacional, a obra é o resultado amadurecido de uma discussão que já vinha se travando em alto nível na imprensa do país. Assuntos como a herança hegeliana assumida pelos novos pensadores marxistas, o nível de autoritarismo possivelmente implícito nas teses de Gramsci e a acuidade ou não da análise cultural empreendida pela Escola de Frankfurt vinham sendo debatidos por Merquior com intelectuais como – seus também amigos – Leandro Konder e Carlos Nelson Coutinho. No prefácio, ele os menciona como parceiros de um diálogo que serviu de fonte para a redação do livro – e, ao lado deles, ainda outros interlocutores, brasileiros e estrangeiros: Raymond Aron, Leszek Kolakowski, Ernest Gellner, Fernando Henrique Cardoso, Perry Anderson, Roberto Schwarz, John A. Hall, F. A. dos Santos, Hélio Jaguaribe e Celso Lafer. Uma vez publicada, a obra obteve uma repercussão que fez expandir aquele mesmo debate. Entre os estudiosos que a resenharam estavam José Arthur Giannotti, Roberto Romano e Marco Aurélio Garcia. No México, o crítico, poeta e Nobel Octavio Paz patrocinou a sua edição em língua espanhola. A maior parte dessa fortuna crítica, além de manuscritos e cartas relacionados ao livro, estão reproduzidos em fac-símiles nesta edição. Passado o fim do comunismo soviético e chegados os 200 anos do nascimento de Karl Marx, é nada menos que necessário revisitarmos o que um dos maiores intelectuais brasileiros de todos os tempos teve a dizer sobre as mais recentes formulações do pensamento marxista no Ocidente. 



ENDOSSOS

"livrinho brilhante, envolvido de rigor acadêmico e rebentando em deliciosas digressões, (...) um ensaio de história intelectual conduzido como um extenso exercício de ironia.” – John Gray, The Times Literary Supplement 

“uma consideração refinada, desapaixonada e absolutamente devastadora do ‘comunismo cultural’ no Ocidente.” – George Watson, ao eleger a obra seu “book of the year” (“livro do ano”) no Financial Times
 


CURIOSIDADES

O Marxismo Ocidental obteve, após a sua primeira publicação, uma repercussão estrondosa – tanto no Brasil como no exterior –, recebendo elogios de John Gray, George Watson e Roberto Romano, além de relevantes avaliações de José Arthur Giannotti, Sonia Kruks e Marco Aurélio Garcia.

• O tema dos desdobramentos da ideologia marxista está na pauta das discussões públicas, pois em 2018 se completam 200 anos do nascimento de Karl Marx.

• Este livro exibe em estado lapidar o método de José Guilherme Merquior, que consistia em conjugar uma exposição erudita de conceitos e tradições com considerações polêmicas, até mesmo irônicas, sobre as ideias em exame.

• Parte da conclusão de Merquior é que o marxismo se tornara pouco promissor como ferramenta de análise econômica e pouco sofisticado nos juízos sobre a cultura. Pouco depois, o fim da União Soviética de algum modo corroborou o palpite do autor e, passadas quase três décadas de continuada crítica cultural marxista, torna-se uma vez mais necessário ouvirmos as suas considerações sobre os fundamentos teóricos do neomarxismo.

• A obra é uma peça importante para o entendimento da recepção do pensamento neomarxista pela intelectualidade brasileira, assim como do desenvolvimento das críticas liberais à nova esquerda.

• Esta reedição, que teve a tradução inteiramente revisada, traz uma seção documental excepcionalmente vasta – com fac-símiles de matérias da imprensa, cartas e manuscritos relativos ao livro – e posfácios do crítico João Cezar de Castro Rocha e de José Mario Pereira, por muito tempo secretário pessoal de Merquior.
 


SUA LEITURA SERÁ ESPECIALMENTE PROVEITOSA PARA:

• Admiradores de José Guilherme Merquior.

• Liberais e conservadores à procura de uma introdução crítica ao marxismo contemporâneo – assim como marxistas interessados em avaliações recentes do pensamento de esquerda.

• Estudantes de ciências sociais, filosofia ou história.

• Professores de filosofia política, filosofia contemporânea, sociologia do conhecimento, história das ideias ou história contemporânea.

• Pesquisadores de temas como o marxismo no século XX, apropriações da filosofia de Hegel, teoria crítica, Escola de Frankfurt, nova esquerda, críticas liberais ao marxismo, história da intelectualidade brasileira.



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