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Como ler poesia lírica: dicas de Mortimer Adler

poesia lirica

Como Ler Livros, de Mortimer J. Adler, é um livro indispensável para todos que desejam otimizar a capacidade de leitura. A preciosa publicação da É Realizações traz dicas para a prática da leitura, tornando-a muito mais proficiente.

O livro apresenta caminhos para o entendimento verdadeiro do texto, reduzindo os níveis de leitura “mecânica”, algo tão comum quando se lê por obrigação ou por performance – prezando a quantidade em vez da qualidade. Infelizmente, é bastante comum no final de uma leitura não conseguir resumir, ainda que em poucas frases, as principais ideias apresentadas pelo autor.

Como Ler Livros vai ajudá-lo, entre outras coisas, a:

  • Extrair informações de um texto.
  • Compreendê-lo.
  • Criticá-lo.
  • Resumi-lo.
  • Criar pressupostos diferentes.

Como se sabe, a leitura é de extrema importância no processo de aprendizagem, e contribui tanto para o desenvolvimento intelectual quanto para o desenvolvimento emocional.

O tema deste nosso artigo, entretanto, é mais específico, mas também consta na edição de Como Ler Livros: poesia lírica. Mortimer Adler destrincha o assunto nessa magnífica publicação, permitindo que você se aprofunde no tema de maneira extraordinária.

A seguir, preparamos um breve panorama sobre poesia para instigá-lo!

Como ler poesia lírica?

Além da ideia mais simples e assertiva de um poema ser a obra escrita de um poeta, existem algumas vertentes no imaginário popular do que significa a poesia.

De forma mais ampla, para alguns, um bom poema vem da subjetividade, de um lugar secreto de criatividade e inspiração. Para outros, um poema apenas se configura como tal se ele se encaixa em definições restritas, sejam elas modernas ou antigas.

De qualquer forma, o ponto comum dessas perspectivas resulta em uma coisa: ao ver uma poesia, a grande maioria das pessoas sabe identificá-la como tal.

A poesia lírica moderna, mais especificamente, é rotulada por alguns pré-conceitos, como: ela é difícil, trabalhosa e não digna de tamanho esforço. Mas deve-se, contudo, ressaltar: o primeiro contato não precisa ser profundo e difícil, e, sem dúvidas, com a posterior compreensão, o esforço é recompensado.

Para auxiliar essa leitura, existem duas regras essenciais: ler o poema integralmente e em voz alta.

Dessa forma, as palavras “difíceis” e as estruturas complexas se tornam menos assustadoras e mais esclarecedoras. Desse processo surgem perguntas retóricas acerca das palavras, das rimas, dos encadeamentos de ideias, e é nesse questionamento que se encontra a chave do entendimento.

É importante ressaltar que conhecer detalhadamente o autor e o contexto de uma obra não é garantia de uma futura apreensão, mas sim a disposição para trabalhar e explorar suas estruturas.

Um ponto em comum entre bons poemas que pode servir de base para estudá-los é a presença de um conflito fundamental. Por exemplo, amor versus tempo, eternidade versus fugacidade. As formas e as abordagens desses antagonismos podem ser inúmeras e em geral estão presentes de forma subentendida.

O autor também ressalta que a leitura de um bom poema deve ser feita diversas vezes, ao longo do tempo, ao longo da vida. Com novos aprendizados, novas percepções aparecem, afinal “a leitura do mundo precede a leitura da palavra”. O significado da poesia sempre se revelará ativo e inesgotável.

Quem foi Mortimer Adler?

Mortimer J. Adler foi um filósofo, educador, enciclopedista e escritor estadunidense. Filho de imigrantes judeus alemães, nasceu em 19 de dezembro de 1902 em Nova Iorque.

Aos 14 anos, Adler abandonou a escola para trabalhar como secretário no jornal The New York Sun. Nessa época, começou a pensar em se tornar jornalista. A fim de aprimorar sua escrita, matriculou-se em um curso noturno na Universidade de Columbia. Foi quando entrou em contato, pela primeira vez, com a obra de John Stuart Mill.

Mill, por sua vez, levou Adler a Platão. Aos 15 anos, o jovem foi tomado de paixão pelo conhecimento, tornando-se leitor voraz. E foi assim que se decidiu pela faculdade de filosofia, na própria Columbia. Embora não tenha concluído o curso formalmente, devido a problemas com sua bolsa de estudos, o rapaz assistiu às aulas até o fim, como ouvinte. Em 1983, a universidade concedeu-lhe o título de doutor honorário.

Entre os autores preferidos de Mortimer Adler estão: Aristóteles, Santo Tomás de Aquino, John Locke e os já citados John Stuart Mill e Platão. O intelectual escreveu sobre literatura, filosofia, teologia e pedagogia. Publicou cerca de cinquenta livros!

Como filósofo, trabalhou nas tradições aristotélica e tomista. Lecionou na própria Universidade de Columbia e na Universidade de Chicago. Foi presidente do Conselho de Editores da Enciclopédia Britânica e fundou o seu próprio instituto de pesquisa filosófica.

Mortimer J. Adler casou-se duas vezes e teve quatro filhos. Com a primeira mulher, Helen Boynton, teve Mark e Michael. Com a segunda, Caroline Pring, foi pai de Douglas e Philip. Adler morreu em 28 de junho de 2001.

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