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Fiódor Dostoiévski na lista dos 20 vanguardistas ortodoxos

Quem elege é Robert Inchausti, autor do livro Ortodoxia Subversiva.

Desde o lançamento do livro Ortodoxia Subversiva, de Robert Inchausti, estamos apresentando cada um dos 20 pensadores analisados pelo autor nesse interessante trabalho que integra a Coleção Abertura Cultural. Com tradução de André de Leones, a publicação trata da contribuição de alguns expoentes cristãos – tanto da literatura quanto da filosofia – para a vanguarda do pensamento contemporâneo.

Tais pensadores são chamados de “vanguardistas ortodoxos”. O intuito de Inchausti não é refletir sobre novos valores religiosos, mas sobre “o eterno frescor dos antigos”. Leitura fascinante, sem dúvida, e indicada para interessados em literatura, religião e espiritualidade. Ortodoxia Subversiva faz um exame atento e fundamentado desses “macro-historiadores” e “ativistas sociais”.

Por aqui, já falamos sobre William Blake, Johann Wolfgang von Goethe, Søren Kierkegaard, G. K. Chesterton e Nikolai Berdiaev. Hoje, trataremos de Fiódor Dostoiévski.

Confira o que Inchausti comenta acerca do célebre escritor russo!

Trecho de Ortodoxia Subversiva sobre Fiódor Dostoiévski

A maioria dos estudiosos da literatura concorda que Dostoiévski reinventou o romance moderno como um gênero filosófico singular: uma forma de pensamento-em-movimento, vida-em-pensamento, ficção como experimento espiritual – e, com isso, mudou a forma como lemos todas as narrativas, incluindo a Bíblia. No entanto, o amor de Dostoiévski pelo romance – moderado pelo seu amor ainda mais intenso por Cristo – conta uma história um pouco diferente: a história de uma consciência religiosa profundamente ortodoxa encontrando no romance uma forma de expressão capaz de questionar o papel dos valores europeus na cultura russa. Sua arte foi a expressão de sua própria busca torturada por redenção, servindo como um meio de descoberta e um instrumento de autotransformação.

Gostou do trecho? Então não perca tempo, leia a análise na íntegra!

Garanta já seu exemplar!

Fiódor Dostoiévski
Ortodoxia Subversiva, de Robert Inchausti.

Quem foi Fiódor Dostoiévski?

Fiódor Dostoiévski foi um dos mais importantes escritores russos de todos os tempos, autor de livros renomados, como Crime e Castigo e Os Irmãos Karamázov. Nascido em Moscou em 11 de novembro de 1821, ficou órfão de mãe ainda na adolescência. Logo em seguida, se mudou para São Petersburgo e entrou para a Escola de Engenharia Militar. Dois anos depois da perda da mãe, seu pai foi assassinado. Após esse evento traumático, começaram seus primeiros ataques de epilepsia.

O começo e as obras mais importantes

Os primeiros escritos de Dostoiévski não foram concluídos. Consistem em dois dramas históricos: um sobre o czar Boris Godunov e outro a respeito da rainha Maria Stuart.

Apenas dois anos mais tarde, quando encerrou os estudos e começou a trabalhar, Dostoiévski passou a atuar no campo literário, traduzindo obras de Honoré de Balzac e Friedrich Schiller. Nesta jornada dupla permaneceu somente mais três anos. Em 1944, pediu demissão e começou a escrever seu primeiro romance: Pobre Gente, publicado em 1846. Anos depois publicou O Duplo, um romance que não fez sucesso, o que acabou abalando sua autoconfiança.

Entre suas obras mais famosas, afora as citadas, estão: Noites Brancas, Memórias da Casa dos Mortos, Memórias do Subsolo, O Jogador, O Idiota e Os Demônios. Seus livros abordam temas existenciais, como culpa, suicídio, humilhação e loucura, além de questões políticas e religiosas.

Crime e Castigo é a obra mais célebre do escritor russo. Publicada em 1866, narra a história de Rodion Raskólnikov, um estudante pobre que mata uma senhora velha penhorista. Uma história sem precedentes na literatura, que aborda temas como culpa, arrependimento e o papel da religião.

Os Demônios, obra publicada em 1871, é um romance político, que retrata os círculos de conspiradores, revolucionários, anarquistas, niilistas e ateus de sua época, personalidades que tinham como objetivo, na visão de Dostoiévski, destruir a Rússia e a Igreja Ortodoxa.

Considerada obra-prima de Dostoiévski, Os Irmãos Karamázov foi o último trabalho do escritor russo, publicado em 1880, e trata também de um crime: o patriarca Fiódor Karamázov é assassinado por um dos seus filhos.

Você já leu alguma obra de Dostoiévski?

Os anos de prisão

Por se envolver numa conspiração liderada pelo revolucionário Mikhail Petrashevsky contra Nicolau I, Dostoiévski foi preso e condenado à morte. No último instante, entretanto, a pena foi mudada para deportação. Foi quando partiu para a Sibéria, sendo obrigado a trabalhos forçados.

Dostoiévski passou os últimos cinco anos de exílio como soldado raso no batalhão siberiano. Nessa época, casou-se com Maria Issáievna. Em 1959, recebeu anistia e voltou para São Petersburgo. O horror vivido no cárcere influenciou suas obras Memórias da Casa dos Mortos e Memórias do Subsolo.

Fiódor Dostoiévski morreu em São Petersburgo no dia 9 de fevereiro de 1881, de complicações decorrentes da epilepsia.

Por que ler os clássicos da literatura?

A leitura dos clássicos permite, por exemplo, estabelecer significativas relações em sociedade, uma vez que possibilita trocas e aprendizagens nos mais diversos espaços sociais. Apesar de a leitura não ser uma atividade natural – e nem sempre fácil, não é mesmo? –, uma vez desenvolvida torna-se umas das mais eficientes ferramentas de formação.

Uma maneira muito eficaz de começar a ler os clássicos da literatura é por meio de críticos e comentadores, que, a exemplo de Robert Inchausti, oferecem uma perspectiva experiente, e muitas vezes sensível, a respeito do autor e da obra, abrindo caminhos para uma posterior leitura independente – e mais prazerosa.

Se você se sente pouco confiante para desbravar leituras complexas, como as das obras de Dostoiévski, essa é mais uma razão para ler Ortodoxia Subversiva. Inchausti explica, com suas próprias palavras, elementos históricos e contextuais importantes para compreender a obra do escritor russo.

Conheça mais sobre o livro Ortodoxia Subversiva

A edição conta com cinco capítulos. São eles:

  • A alma sitiada,
  • O romance como contramitologia,
  • Política antipolítica,
  • Crítica macro-histórica,
  • O papel dos mistérios cristãos na vida da mente moderna.

Além dos pensadores já citados, Robert Inchausti analisa:

  • Boris Pasternak
  • Aleksandr Soljenítsin
  • Jack Kerouac
  • Walker Percy
  • Dorothy Day
  • Thomas Merton
  • Martin Luther King Jr.
  • E. F. Schumacher
  • Wendell Berry
  • Marshall McLuhan
  • Northrop Frye
  • Jacques Ellul
  • Ivan Illich
  • René Girard

Ainda quer mais razões para não perder essa leitura?

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ortodoxia subversiva
Ortodoxia Subversiva, de Robert Inchausti.

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