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O Amor de Olhos Fechados, de Michel Henry: utopia e distopia

michel henry

O Amor de Olhos Fechados, livro de Michel Henry, é uma distopia filosófica instigante, eloquente e profunda. Entre os principais temas abordados, estão cultura, consumismo, totalitarismo, amor, ressentimento, utopia e distopia. Uma joia da literatura francesa contemporânea, a edição de 356 páginas tem tradução de Pedro Sette-Câmara.

Como escreveu Francesco Paolo De Sanctis, especialista na obra de Henry, o romance “é a transformação de uma utopia em uma distopia”. O cenário é a França do fim dos anos 1960. Precisamente os acontecimentos de Maio de 1968. Confira mais detalhes na sinopse.

Sinopse de O Amor de Olhos Fechados

O romance de Michel Henry retrata a destruição da cidade de Aliahova, considerada referência de cultura e da inteligência. Os personagens principais, Sahli, estudante estrangeiro sem dinheiro, mas com muita vontade de conhecimento, e a misteriosa Deborah, apaixonada por Aliahova, sua cidade natal, começam a perceber que os mestres da universidade local estão sendo contestados, perseguidos por disputas políticas. Comitês de estudantes se reúnem para tentar controlar tudo, o que gera ainda mais desentendimentos e violência – ou a própria barbárie.

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O Amor de Olhos Fechados, de Michel Henry.

Quem é Michel Henry

Michel Henry nasceu em 1922, em Haïphong, Indochina, atual Vietnã. Doutorou-se na Universidade de Lille, orientado por Paul Ricoeur, Jean Wahl, Jean Hyppolite, Ferdinand Alquié e Henri Gouhier.

O tema de seu doutorado foi filosofia e fenomenologia do corpo. Considera-se, inclusive, que Michel Henry propôs a teoria da subjetividade mais profunda do século XX.

Michel Henry foi professor convidado na École Normale Supérieure, na Sorbonne, na Universidade Católica de Louvain, na Universidade de Washington e na Universidade de Tóquio. Foi também professor titular de Filosofia na Universidade de Paul Valéry, em Montpellier.

Entre os pensadores que o influenciaram estão Edmund Husserl, Martin Heidegger, Maurice Merleau-Ponty, Mestre Eckhart, Maine de Biran e Soren Kierkegaard.

A filosofia e a literatura tiveram igual peso no conjunto da obra Michel Henry. Explorou bastante seu talento na escrita, mas foi na filosofia que Henry solidificou sua carreira. É impossível, todavia, separar, em sua obra, a literatura e filosofia. Em entrevista, Henry chegou a dizer que era tudo uma coisa só.

Michel Henry morreu de câncer, em Albi, França, em 2002. Em 2006, sua esposa doou seus arquivos à Universidade Católica de Louvain.

Outras obras de Michel Henry publicadas pela É Realizações

A É Realizações conta com outros magníficos livros de Michel Henry em seu catálogo. Confira obras que reúnem filosofia, literatura e teologia com virtuosismo.

O Jovem Oficial

Esse foi o seu primeiro romance publicado. Trata-se de uma história cheia de simbologias sobre um jovem oficial da marinha encarregado de livrar o navio dos ratos.

O Jovem Oficial, de Michel Henry.

A Barbárie

A obra traz uma reflexão sobre o desenvolvimento sem precedente do saber, mas que caminha lado a lado com o desmoronamento da cultura.

A Barbárie, de Michel Henry.

Ver o Invisível – Sobre Kandinsky

A partir das obras do pintor russo Wassily Kandinsky, Michel Henry faz reflexões sobre o homem, a arte e o Absoluto.

Ver o Invisível, de Michel Henry.

Encarnação – Uma Filosofia da Carne

Trata-se de uma análise sobre a condição humana. A relação que tece entre a carne e o corpo leva também a refletir sobre a encarnação, no cristianismo.

Encarnação, de Michel Henry.

Palavras de Cristo

A partir da fenomenologia da vida, a dupla natureza (humana e divina) de Cristo é questionada, e Michel Henry reflete sobre como podemos experimentar a humanidade e a divindade de Cristo por meio de suas palavras.

Palavras de Cristo, de Michel Henry.

O Cadáver Indiscreto

O romance policial com caráter de narrativa filosófica, expõe questões como a justiça e a verdade.

O Cadáver Indiscreto, de Michel Henry.

Eu Sou a Verdade – Por uma Filosofia do Cristianismo

É mais uma obra que parte da fenomenologia da vida, um trabalho teológico-filosófico que investiga o que o cristianismo considera como verdade.

Eu Sou a Verdade – Por uma filosofia do cristianismo, de Michel Henry.

Filosofia e Fenomenologia do Corpo – Ensaio sobre a Ontologia Biraniana

Por fim, nesse livro, Henry escreve sobre o caráter concreto da subjetividade e sua relação com o corpo. Foi a partir desse trabalho que Henry desenvolveu as sequentes pesquisas.

Filosofia e Fenomenologia do Corpo, de Michel Henry.

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