A Nova Política da Europa

AUTOR:
Middelaar, Luuk van

TRADUÇÃO:
Janssen, Francis Petra

Editora:
É Realizações

Gênero:
Filosofia

Subgênero:
Filosofia Política

Formato:
16 x 23 cm

Número de Páginas:
496

Acabamento:
Brochura

ISBN:
978-85-8033-391-6

Ano:
2020
Pertence à coleção:
Coleção Abertura Cultural

Tags:
União Europeia, relações econômicas internacionais, integração econômica e história

A Nova Política da Europa

R$115,90

Sinopse

Luuk van Middelaar trabalhou no coração da União, como redator de discursos de Herman Van Rompuy, primeiro presidente fixo do Conselho Europeu, instituição mais importante já criada pela União Europeia. Em A Nova Política da Europa, seu terceiro livro, reflete com visão privilegiada sobre o fim dos 70 anos de paz e prosperidade que reinaram no debate político europeu, quando somente se discutia temas como crescimento e distribuição, saúde e educação, liberdade e identidades. Evidentemente, o cenário mudou. Depois da crise do euro, da anexação da Crimeia pela Rússia, dos refugiados vindos do Norte da África e do Oriente Médio, do Brexit e da chegada de Trump ao comando dos Estados Unidos, tornou-se mais do que necessária uma reorientação geopolítica – além de uma reflexão profunda sobre os espaços de convivência que também não são mais os mesmos, nem para as ideias e muito menos para aqueles que acreditavam viver em algum tipo de civilização desenvolvida. O historiador e filósofo holandês coloca a questão de maneira clara: “nossa ordem é frágil, nosso futuro não é um berço esplêndido.” Neste título, Luuk van Middelaar mostra como a política – sob pressão de todos esses fatos – vem lutando para exercer seu poder de ação e agindo, cotidianamente, como um improvisado apagador de incêndios.

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SOBRE O LIVRO

Luuk van Middelaar tem razão: não dá para ignorar a política. Em A Nova Política da Europa, seu terceiro livro, o historiador holandês disseca os acontecimentos dos últimos anos sob dois conceitos importantes: o primeiro, “política de regras”, que diz respeito às estratégias adotadas por alguns países da União Europeia – a partir dos anos 1950 – para impedir “outras guerras fratricidas”, como as duas guerras mundiais.

Entre os bons e maus resultados, no entanto, reinou uma Europa despolitizada, mais interessada no crescimento utilitário do mercado e nas discussões sobre liberdade e identidades, entre outros temas. Entretanto, ao relembrar os 70 anos de paz e prosperidade que reinaram no debate político desta época, o também filósofo apresenta o cenário atual, do qual não é mais possível fugir.

Depois da crise do euro, da anexação da Crimeia pela Rússia, dos refugiados vindos do Norte da África e do Oriente Médio, do Brexit e, principalmente, da chegada de Trump ao comando dos Estados Unidos – momento que Middelaar entende como ter sido o do “surgimento” dessa nova política “em todo o seu esplendor”, porque a revolta nacional-populista seguiu para o velho mundo – o momento era, inevitavelmente, de agir.

Porque não demorou, naturalmente, para que o clima no debate europeu mudasse. Não apenas as ideias perderam liberdade de atuação e reflexão como os homens que a veneravam perceberam que não estavam mais nos mesmos espaços de convivência. E é justamente nesse momento de ação que entra o segundo conceito de Middelaar: “política dos acontecimentos”.

Em outras palavras, a nova política da Europa. Essa política que toma por base a capacidade de atuação dos líderes, porque fatos imprevistos, inerentemente políticos, pedem ações diretas e muita improvisação – o que, por sua vez, pode gerar desdobramentos imprevisíveis.

Uma espécie de continuação de Europa em Transição, título publicado no Brasil, A Nova Política da Europa divide-se em quatro partes e esbanja histórias, imagens e conceitos para fundamentar análises e interpretações sobre como a União Europeia participa das grandes mudanças do mundo com seus políticos – ora de Bruxelas, Berlim, Paris ou Haia – em constante cabo de guerra.

Neste título, o autor também discute a relação entre o acaso e as estruturas históricas, o previsível e o repetível, a velocidade do tempo diante de fatos catastróficos e as decisões que precisam ser tomadas de maneira rápida, embora não de maneira impensada. Pelo contrário, buscando “colher o que há de profícuo na tensão e no dissenso, sem cair na tentação das generalizações mitológicas autoritárias, cujo propósito é silenciar o outro, torná-lo um inimigo a ser eliminado”, como escreve o historiador Cláudio Ribeiro, que assina a apresentação à edição brasileira.

Por fim, Luuk van Middelaar deixa o julgamento para o leitor – assim como a decisão acerca do que cada um deve fazer quanto à importância e necessidade de discussão pública sobre temas de interesse geral. Porque, também, esta é outra característica dessa nova política: os cidadãos voltaram a ocupar seus lugares nas tribunas públicas.

 

SUA LEITURA SERÁ ESPECIALMENTE PROVEITOSA PARA:

• Conservadores;
• Interessados em política, geopolítica, economia;
• Historiadores;
• Cientistas políticos;
• Economistas.