Ao Sondar o Abismo – Pensamentos intempestivos sobre cultura e sociedade

AUTOR:
Himmelfarb, Gertrude

TRADUÇÃO E PREFÁCIO:
Brito, Márcia Xavier de

POSFÁCIO:
Bueno, José Luiz

Editora:
É Realizações

Gênero:
Ciências Humanas e Sociais

Subgênero:
Crítica Cultural

Formato:
16 x 23 cm

Número de Páginas:
208

Acabamento:
Brochura

ISBN:
978-85-8033-375-6

Ano:
2019
Pertence à coleção:
Coleção Abertura Cultural

Tags:
niilismo, pós-modernismo, sociologia do conhecimento, Holocausto, ciências humanas, desconstrucionismo, relativismo e liberalismo

Ao Sondar o Abismo – Pensamentos intempestivos sobre cultura e sociedade

R$65,90

Sinopse

Escrito por uma das mais importantes figuras do conservadorismo recente, além de respeitada acadêmica, Ao Sondar o Abismo foi considerado por Los Angeles Times superior ao clássico deste gênero de crítica O Declínio da Cultura Ocidental, de Allan Bloom. Os ensaios do livro analisam indícios variados de que a contestação dos valores e do sentido pode ter efeitos desastrosos: aqui se tornam assuntos desde a carência de referências bibliográficas em textos acadêmicos até a “desconstrução” do relato do Holocausto sugerida por alguns dos assim chamados “novos historiadores”. Gertrude Himmelfarb perscruta o que tem sido produzido por intelectuais pós-modernos e indica tanto razões como resultados de suas habituais posturas teóricas – niilismo, relativismo, pós-estruturalismo e, a estes convergindo de maneira inesperada, aspectos do liberalismo e do nacionalismo. Na raiz dessas inclinações, ela identifica prepotência e reducionismo; entre as suas consequências, um trato irresponsável com a história.

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SOBRE O LIVRO

A lenda viva do conservadorismo americano Gertrude Himmelfarb é conhecida pelo público brasileiro por seu trabalho como historiadora – seja de ideias, seja de indivíduos. Os Caminhos para a Modernidade introduz e distingue três das principais matrizes do Iluminismo: a francesa, a britânica e a americana. A Imaginação Moral apresenta os expoentes dessa postura que define a própria filosofia conservadora: Edmund Burke, Michael Oakeshott, Lionel Trilling, entre outros expoentes. Este lançamento, Ao Sondar o Abismo, emprega o mesmo realismo prudente dessas figuras a fim de examinar a intelectualidade contemporânea. Em vez de homenagear seus modelos, aqui a historiadora tem de se haver com a rejeição intransigente das virtudes e do sentido. Uma tarefa necessária, pois a crítica cultural conservadora é acusada exatamente de evitar, por receio, a confrontação dos valores estabelecidos. Não por acaso, na raiz do pós-modernismo está o convite a habituarmo-nos ao abismo, a reconhecermos com leveza o seu domínio invencível. O convite foi aceito por muitos, e nos ensaios deste livro a autora retrata o que se passa nessas profundezas. Partindo de constatações as mais variadas, a obra localiza motivos, e algumas consequências, da inclinação da academia ao niilismo.

Ao Sondar o Abismo foi considerado por Los Angeles Times superior ao clássico deste gênero de crítica O Declínio da Cultura Ocidental, de Allan Bloom. Talvez isso se explique pela diversidade de alvos atingidos por Gertrude Himmelfarb e pela sutileza excepcional com que ela os aproxima. Os assuntos que estimulam sua análise abarcam desde a exiguidade de referências bibliográficas em trabalhos acadêmicos até a sugestão dos ditos “novos historiadores” de que “desconstruamos” o entendimento convencional do Holocausto. Na origem desses disparates, a autora identifica a limitação de perspectiva e a presunção que caracterizam boa parte dos atuais acadêmicos. Com precisão cirúrgica, ela demonstra como essas falhas afetam múltiplas opções teóricas – o relativismo, o neomarxismo, o pós-estruturalismo e, aproximando-se destes por vias pouco evidentes, versões do liberalismo e do nacionalismo. Movendo a crítica feita por esta obra está a lição deixada por Lionel Trilling, mentor e amigo de Himmelfarb, que em livros como A Imaginação Liberal – Ensaios sobre a relação entre literatura e sociedade (como outros aqui mencionados, editado pela É Realizações) demonstrou que toda decadência cultural se concretiza, cedo ou tarde, em mazelas testemunhadas pela sociedade na prática.

Os capítulos de Ao Sondar o Abismo foram escritos como ensaios independentes, alguns para ocasiões bastante especiais. “Liberdade: ‘um princípio muito simples’?” foi produzido para um colóquio do Institut für die Wissenschaften von Menschen em que estaria presente o papa João Paulo II; com a ausência do pontífice devido a problemas de saúde, o encontro foi transferido de Castel Gandolfo, em Roma, para Viena, na Áustria. “A encruzilhada sombria e sangrenta: o ponto de encontro do nacionalismo e da religião” foi apresentado por Gertrude Himmelfarb em outubro de 1992, numa conferência do National Review Institute presidida por Margaret Thatcher, ex-primeira-ministra do Reino Unido. Também compõem este volume os textos “Sobre heróis, vilões e criados” (proferido como uma Jefferson Lecture, que cerca de vinte anos havia sido ministrada pela primeira vez por Lionel Trilling), “De Marx a Hegel” (proferida no American Enterprise Institute, de Washington), “Ao sondar o abismo”, “Para onde foram todas as notas de rodapé?” e “A história pós-moderna”. Uma coletânea de escritos que bem poderia ser intitulada, segundo brinca a própria autora, Confissões de uma Pedante Incorrigível. Nossa edição inclui posfácio de José Luiz Bueno, autor de Gertrude Himmelfarb – Modernidade, Iluminismo e as virtudes sociais.

 

ENDOSSOS

“Um ataque coerente e devastador.” – The New York Times Book Review

Ao Sondar o Abismo é uma leitura propícia para aqueles que admiraram O Declínio da Cultura Ocidental, de Allan Bloom, e se comprova mais perspicaz que a obra anterior.” – Los Angeles Times

“Himmelfarb empurra o pós-estruturalismo para dentro do abismo.” – The Harvard Crimson

“Um corretivo poderoso.” – Kirkus Review

 

CURIOSIDADES

• Gertrude Himmelfarb é uma lenda viva do conservadorismo.

Ao Sondar o Abismo é uma crítica contundente a intelectuais e correntes de pensamento que estão em permanente evidência.

• Esta obra foi considerada por Los Angeles Times superior ao grande clássico do gênero – O Declínio da Cultura Ocidental, de Allan Bloom.

• A importância da autora é indicada já pelas circunstâncias em que alguns dos capítulos do volume foram produzidos: um, por exemplo, para um colóquio em Castel Gandolfo, em que estaria presente o papa João Paulo II; outro para uma conferência presidida pela ex-primeira-ministra do Reino Unido Margaret Thatcher.

• O livro enriquece uma seção da Coleção Abertura Cultural que abriga importantes ensaios do conservadorismo contemporâneo, assinados por Edmund Burke, Michael Oakeshott, Russell Kirk, Lionel Trilling, Richard M. Weaver e Roger Kimball.

• Seu diagnóstico é compartilhado, em diversos aspectos, por ainda outros pensadores com títulos publicados pela É Realizações: Mário Ferreira dos Santos, Thomas Sowell, Luuk van Middelaar, Theodore Dalrymple etc.

• Também o alerta que é feito por Himmelfarb se comprova de enorme importância. Um efeito prático da adoção do desconstrucionismo nos estudos de história tem sido a relativização, nem sempre deliberada, da barbárie em que consistiu o Holocausto.

• Nossa edição conta com posfácio de José Luiz Bueno, autor da elogiada introdução Gertrude Himmelfarb – Modernidade, Iluminismo e as virtudes sociais, publicada pela Editora na coleção Biblioteca Crítica Social, coordenada pelo filósofo Luiz Felipe Pondé.

 

SUA LEITURA SERÁ ESPECIALMENTE PROVEITOSA PARA:

• Admiradores da tradição conservadora a que Gertrude Himmelfarb pertence – abrangendo críticos culturais como Edmund Burke, Michael Oakeshott, Russell Kirk, Lionel Trilling e Roger Kimball.

• Apreciadores de livros que fazem diagnósticos semelhantes ao deste: O Declínio da Cultura Ocidental, de Allan Bloom; As Ideias Têm Consequências, de Richard M. Weaver; A Imaginação Liberal, de Lionel Trilling; Experimentos contra a Realidade, de Roger Kimball; Invasão Vertical dos Bárbaros, de Mário Ferreira dos Santos.

• Pesquisadores de temas como “novos historiadores”, críticas ao pós-modernismo, críticas ao pós-estruturalismo, críticas ao relativismo, críticas ao revisionismo do Holocausto, críticas ao nacionalismo, críticas ao neomarxismo, críticas ao liberalismo, antiniilismo, pensamento conservador.

• Leitores do ensaísmo de língua inglesa.

• Professores de sociologia do conhecimento.

• Estudantes de filosofia, história ou ciências sociais.