Liberdade, para quê?

AUTOR:
Bernanos, Georges

TRADUÇÃO:
Sette-Câmara, Pedro

Editora:
É Realizações

Gênero:
Ciências Humanas e Sociais

Subgênero:
Crítica Cultural

Formato:
14 x 21 cm

Número de Páginas:
216

Acabamento:
Brochura

ISBN:
978-85-8033-393-0

Ano:
2020
Pertence à coleção:
Coleção Georges Bernanos

Tags:
Literatura Francesa e crítica à modernidade

Sinopse

Inéditos no Brasil, cinco ensaios inquietantes a respeito do destino da França pós-guerra compõem Liberdade, para quê?, mais um título assinado pelo autor de Sob o Sol de Satã. Recordando a célebre frase de Lênin, o romancista reflete sobre o desinteresse cínico por esse bem de valor incalculável. Para o escritor, a liberdade só foi colocada em perigo pelo totalitarismo porque a fé na liberdade enfraqueceu-se progressivamente. À sua maneira tão característica – entusiasmada e tão cheia de brio – Georges Bernanos tem o intuito de tirar do conforto as mentes apáticas – e aos leitores que viriam, deixar claro os perigos de assumir posição de testemunha passiva de uma modernidade sempre em movimento. Nesta publicação, há argutas reflexões sobre otimismo e esperança, nação e pátria; e ainda sobre revolução, civilização, democracia, bomba atômica e, claro, as máquinas; estas que, na perspectiva do autor, também são responsáveis por diminuir consideravelmente o sentido de liberdade. Como não poderia ser diferente, tratando-se de Bernanos, é claro que ele aponta um caminho. E não só para salvar seu país, mas o mundo: restaurar os valores espirituais! Afinal, o que pode ser do homem sem Deus? Não apenas a França, mas também o mundo, só poderão ser salvos por homens livres.

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SOBRE O LIVRO

“Polemista”, o termo aplicado para descrever Liberdade, para quê? e o próprio Georges Bernanos pouco muda o fato de que suas ideias são reações ao avanço de uma modernidade materialista e totalitária, e têm por intuito inquietar a consciência de seus leitores apáticos quanto às misérias da sociedade, cada vez mais entregue a seus apetites – e para o escritor, declaradamente sem Deus.

Resgatando “a lucidez terrível” da frase de Lênin – slogan do Estado Moderno –, Bernanos reflete sobre o desinteresse cínico por esse bem de valor incalculável: “A pior ameaça para a liberdade não é que deixemos que alguém a tire de nós, mas sim que desaprendamos a amá-la, ou que não a compreendamos mais”, eis um trecho desta publicação. Para o romancista, a liberdade só foi colocada em perigo pelo totalitarismo porque a fé na liberdade foi se enfraquecendo progressivamente.

Escrito na França, depois do retorno de seu exílio voluntário entre 1938-45, o livro não pode ser terminado, devido sua morte em 1948. Foi então que o crítico Albert Béguin assumiu o projeto da publicação e tomou por base as conferências realizadas por Bernanos entre os outonos de 1946 e 1947. A postura sempre altiva de Bernanos é como se tomasse para si a tarefa de ser ele mesmo o primeiro a arregaçar as mangas. Já a intensidade que usa como recurso narrativo, em Liberdade, para quê? o leva – outra vez – à posição de profeta. Ele fala à sociedade de sua época, mas é como se falasse conosco. Bernanos faz ainda argutas reflexões sobre otimismo e esperança, nação e pátria; e ainda sobre revolução, civilização, democracia, bomba atômica e, claro, as máquinas; estas que, para o autor de Sob o Sol de Satã, também são responsáveis por diminuir consideravelmente o sentido de liberdade.

Na posição de “encarnação do pensamento”, “razão lúcida” e “coração inflamado da Europa”, a França de sua época está diante do maior risco e da maior oportunidade de sua história: precisa pensar com sensibilidade e inteligência numa nova ordem. E tudo isso antes que seja tarde: “A técnica amanhã agirá talvez sobre um ser incapaz de defender-se.” A fim de restaurar a França, para que ela não seja apenas uma bela lembrança do passado, Georges Bernanos aponta um caminho. Um caminho que, em sua visão, “todo francês digno desse nome bem sabe”: restaurar junto com seu país os valores espirituais que dão o significado histórico ao próprio nome da França.

O que Bernanos enxerga temerosamente é: a ameaça totalitária que pesa sobre o mundo fará do homem livre uma espécie de “monstro” que representará perigo para os demais já dominados. Em suas próprias palavras, “os mesmos homens que vão repetindo “Liberdade, para quê?” também podem dizer: “A França, para quê?”. A saída para Georges Bernanos é uma só. Não apenas a França como o mundo só serão salvos por homens livres.

   

SUA LEITURA SERÁ ESPECIALMENTE PROVEITOSA PARA:

• Conservadores;
• Católicos;
• Religiosos;
• Cientistas da religião;
• Interessados em política, história, filosofia, religião, cultura francesa;
• Historiadores;
• Cientistas políticos;
• Estudiosos de romances históricos;
• Humanistas;
• Liberais;
• Ecologistas.