Do Ser - Dialética do Eterno Presente, vol. I

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AUTOR:
Lavelle, Louis

TRADUÇÃO:
Nougué, Carlos

Editora:
É Realizações

Gênero:
Filosofia

Subgênero:
Filosofia

Formato:
16 x 23 cm

Número de Páginas:
232

Acabamento:
Brochura

ISBN:
978-85-8033-371-8

Ano:
2019
Pertence à coleção:
Coleção Filosofia Atual

Tags:
metafísica, espiritualismo filosófico, antiniilismo, filosofia francesa, filosofia do século XX e críticas ao existencialismo

Do Ser - Dialética do Eterno Presente, vol. I

R$76,90 R$61,52

Sinopse

A Dialética do Eterno Presente, obra máxima de Louis Lavelle, foi comparada por Paul Ricoeur a uma mina de ouro, e chamada por outros leitores de “verdadeira catedral filosófica” e “o maior sistema de metafísica do século XX”. Neste primeiro de quatro volumes, o autor – escrevendo em plena época de desprestígio da noção de ser, motivada pelo positivismo e pelo neokantismo – defende, a um só tempo, os conceitos de univocidade, universalidade e participação. Com primorosa tradução de Carlos Nougué, que reproduz a beleza da prosa lavelliana, o ensaio é estruturado em artigos curtos que constituem uma rigorosa cadeia argumentativa. O tempo, o eu, a eternidade, Deus e o conhecimento estão entre as muitas noções que são discutidas à medida que se descreve analiticamente a ideia do ser. Na introdução e na conclusão, Lavelle analisa os acertos e insuficiências, conforme a filosofia do espírito, de correntes como o empirismo, a fenomenologia e, sobretudo, o existencialismo.

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SOBRE O LIVRO

Considerado por A.-D. Sertillanges “o Platão dos nossos dias”, Louis Lavelle foi professor do Collège de France e integrante da Académie des Sciences Morales et Politiques. A coleção Filosofia do Espírito, que dirigiu com René Le Senne, tornou-se histórica por inaugurar o espiritualismo filosófico na França. Foi nela que seu magnum opus veio a público: a série Dialética do Eterno Presente, que começa a ser editada pela primeira vez no Brasil pela É Realizações. Sobre a tetralogia, Jean-Louis Vieillard-Baron disse se tratar de “uma obra espantosa, o maior sistema de metafísica do século XX”; Sebastian Robert reconheceu nela “uma verdadeira catedral filosófica”; e Paul Ricoeur comparou-a a “uma mina de ouro, que o mundo acabará por descobrir um dia”. Este primeiro volume – ao qual se seguirão Do Ato, Do Tempo e da Eternidade e Da Alma Humana – lança os fundamentos do método analítico de descrição do ser. O livro cobre uma extensa gama de temas (o eu, o conhecimento, o tempo, a eternidade, Deus) e é conduzido como uma sucessão de artigos logicamente encadeados. Além da divisão em seções curtas, favorecem a leitura a belíssima prosa do autor e a tradução de Carlos Nougué. Do Ser revela as bases do pensamento desse filósofo que viria a influenciar figuras como Pierre Hadot, Tarcísio Padilha e Alfonso López Quintás.

Do Ser se inicia com uma “Introdução à Dialética do Eterno Presente”, que, assim como a conclusão do volume, confronta a filosofia do espírito a outras escolas de pensamento, em particular ao existencialismo. Este é um dos poucos lugares em que Louis Lavelle se propõe tal comparação, e mesmo aqui sobressai sua generosidade, pois junto às perdas ele reconhece os ganhos de cada uma dessas correntes. De fato, para uma filosofia da participação, toda doutrina apreende pelo menos um aspecto da realidade. O existencialismo acerta, por exemplo, quando faz a existência se fundar na liberdade – mas se equivoca ao dissociar o em-si e o para-si, uma vez que o único em-si é precisamente o encontro do ser com a consciência. A experiência comum dos indivíduos é o que o autor se preocupa em fazer a sua teoria espelhar, e segundo ele é o realismo a atitude espontânea que as pessoas assumem ante o mundo. Se esta degenera em relativismo e em ceticismo, é porque se vulgariza uma constatação necessária: a da precariedade ontológica dos objetos de conhecimento. Constatação que deve ser abrigada, antes, em uma filosofia da participação no ser. A participação, a univocidade e a universalidade são os três principais conceitos defendidos na obra, que pretende descrever o ser em sua interioridade, em sua unidade e em sua multiplicidade.

Louis Lavelle compartilha com a filosofia contemporânea a preocupação de não transformar o ser em coisa – então critica justamente os aspectos em que ela não faz jus a esse projeto. Bem ao contrário de um conceito inconveniente, a ideia do ser é a única verdadeiramente adequada – e portanto a mais fundamental –, uma vez que o ser recebido por ela e o ser a que ela se atribui são um e o mesmo. Essa ideia, em cujo interior se situam todos os conceitos particulares, anula, tal a sua adequação, dualismos como interior-exterior, abstrato-concreto, virtual-atual, idealismo-realismo. Por sua ideia, o ser coincide ao conhecer. No ato de pôr o ser, exercita-se uma potência infinita, que funda e excede todas as demais afirmações – verdade em que se baseia o argumento ontológico para a existência de Deus. Se o ser fosse meramente imaginado, em lugar de participado, não poderia ser chamado o ser. E o que serve à participação como um veículo é isso mesmo que nos parece dilacerar: o tempo. É no presente, de que não podemos sair – e que, à diferença do instante, abarca o passado e o futuro como ideias –, que o eu descobre o ser, à medida que se percebe presente nele. Por isso, embora o conhecimento humano se processe por relações, estas não podem constituir o seu alvo; antes o é, por meio da consciência de si, a presença total do ser a cada instante.

 

ENDOSSOS

“Como uma mina de ouro, que o mundo acabará por descobrir um dia.” – Paul Ricoeur

“Uma obra espantosa, o maior sistema de metafísica do século XX.” – Jean-Louis Vieillard-Baron

“Uma verdadeira catedral filosófica.” – Sebastian Robert

 

CURIOSIDADES

A Dialética do Eterno Presente, nunca antes publicada em português, é a obra-prima de Louis Lavelle.

Do Ser é um dos raros escritos em que Lavelle confronta a filosofia do espírito a outras escolas filosóficas recentes, como o existencialismo e a fenomenologia.

• A série foi comparada por Paul Ricoeur a “uma mina de ouro, que o mundo acabará por descobrir um dia”, tendo sido também chamada “uma obra espantosa, o maior sistema de metafísica do século XX” (por Jean-Louis Vieillard-Baron) e “uma verdadeira catedral filosófica” (por Sebastian Robert).

• Lavelle influenciou um leque de autores que são caros ao público leitor da É Realizações: Pierre Hadot, Alfonso López Quintás, Vicente Ferreira da Silva, Alfredo Bosi, Tarcísio Padilha e Étienne Borne.

• A tradução de Carlos Nougué preserva a impressionante beleza da prosa lavelliana.

 

SUA LEITURA SERÁ ESPECIALMENTE PROVEITOSA PARA:

• Admiradores de Louis Lavelle.

• Estudantes de filosofia.

• Professores de filosofia contemporânea, metafísica ou ontologia.

• Pesquisadores de temas como filosofia francesa do século XX, críticas ao existencialismo, filosofia do espírito, espiritualismo filosófico, participação (metafísica), univocidade do ser, filosofia cristã.

• Apreciadores dos intelectuais influenciados por Lavelle: Pierre Hadot, Alfonso López Quintás, Vicente Ferreira da Silva, Alfredo Bosi, Tarcísio Padilha, Étienne Borne ou Paul Ricoeur.