O Argumento Liberal

AUTOR:
Merquior, José Guilherme

Editora:
É Realizações

Gênero:
Ciências Humanas e Sociais

Subgênero:
Política

Formato:
13,5 x 23,3 cm

Número de Páginas:
296

Acabamento:
Brochura

ISBN:
978-85-8033-395-4

Ano:
2020
Pertence à coleção:
Biblioteca José Guilherme Merquior

Tags:
liberalismo social, críticas ao marxismo, críticas ao neoliberalismo, pensamento social brasileiro, racionalismo crítico e E-book

Sinopse

Uma das defesas mais consistentes do liberalismo já feitas no Brasil, este é o livro mais acessível da década final da obra de José Guilherme Merquior. Aqui estão artigos sobre Vico, Kant, Colletti, Gellner, dialética, romantismo; igualmente se discutem anarquismo, revolução, direito, a ideia de sociedade civil. Figuras contemporâneas aparecem no volume: Claude Lefort, Jürgen Habermas, John Rawls – e o texto que iniciou a polêmica entre Merquior e Marilena Chaui. O Argumento Liberal sustenta que só um liberalismo social (que não se deve confundir com o neoliberalismo) preserva o legado iluminista, estando apto a domar o fenômeno do poder ao mesmo tempo que atende às demandas surgidas e acirradas desde a industrialização. Uma seção final debate tópicos de história política do Brasil e da América Latina, assim como a literatura interpretativa a respeito dela. Esta edição conta com posfácios exclusivos e fac-símiles de documentos do Arquivo José Guilherme Merquior / É Realizações Editora.

Esta edição conta com acesso exclusivo ao documentário "José Guilherme Merquior – Paixão pela Razão". As instruções para assistir ao documentário e outras informações sobre o livro encontram-se no final desta página, logo abaixo da seção "OBRAS RELACIONADAS"!

  • Saiu na mídia

    Merquior, a flor e o fruto

    Jornal do Commercio | 14 de abril de 2024

    Disponível em PDF

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SOBRE O LIVRO

Das obras representativas do pensamento maduro de José Guilherme Merquior, O Argumento Liberal é tanto a mais abrangente como a mais acessível. Divididos em quatro seções – “Perspectivas filosóficas”, “Temas de teoria política”, “História e ideologia” e “Brasil e América Latina” –, aqui estão artigos teóricos, historiográficos e polêmicos, quase todos publicados originalmente em colunas de jornal. Desde o texto que iniciou a controvérsia com Marilena Chaui até um ensaio de fôlego sobre a pertinência da dialética, os escritos apresentam o liberalismo como o herdeiro mais maduro do iluminismo, dado a investigar não só a legitimidade do poder, mas também, e desde logo, qual a melhor maneira de domesticá-lo. Especificamente, Merquior defende uma visão liberal atenta ao elemento mais dinâmico do mundo moderno: a demanda por direitos sociais. Longe de um neoliberalismo estadofóbico, o autor se filia ao chamado social-liberalismo. Outra recusa do livro à ingenuidade diz respeito ao lugar do Brasil, da América Latina e do Terceiro Mundo em geral nessa tradição. A interação com autores nacionais é frequente no decorrer do volume, e culmina numa seção dedicada ao país e ao subcontinente, que atribui a estes a chance e o dever de desdobrar o patrimônio ocidental sob uma modalidade característica.

Os quase trinta artigos que compõem este livro não só revisitam tópicos de escritos como Rousseau e Weber e A Natureza do Processo, mas ainda antecipam ideias de O Marxismo Ocidental e de O Liberalismo – Antigo e moderno. As referências de presença mais marcante são os clássicos Tocqueville, Nietzsche e Weber e os contemporâneos Colletti, Gellner e Kolakowski. O esforço em que o autor está engajado é tornado explícito na abertura do volume: trata-se de, em lugar de superar a tradição intelectual do liberalismo, derivar dela ponderações sobre o significado da liberdade, nas dimensões histórica, ética e psicológica. Uma das feições assumidas por essa agenda corresponde a uma defesa da modernidade e a um combate ao irracionalismo. Nas teorizações marxistas, no neoanarquismo acadêmico, no revival do historicismo de Vico, José Guilherme Merquior identifica precipitações que, movidas mais por um pathos do que pela reflexão, adaptam suas fontes sem reter delas o que há de verdadeiramente construtivo – de Marx, a complexidade do fenômeno social; de um Kropótkin, a possibilidade de organizações não tirânicas; de Giambattista Vico, a consciência de que “o homem, sem tencionar, fez tudo”. O Argumento Liberal demonstra que, na teoria e na prática, o liberalismo está mais apto a fazer jus a essas descobertas.

Precavendo-se de incidir num fanatismo complementar àquele que condena, José Guilherme Merquior não imuniza a gênese liberal de falhas. Os iniciadores dessa tradição inferiram muito apressadamente, segundo ele, que a perda de espaço do poder político para o empreendimento econômico significaria em algum sentido a superação do Estado. Alguns poucos, em particular Tocqueville, perceberam que as liberdades civis supunham, ao contrário, o desempenho pelo Estado do papel de emissor da lei, de regulamentador da vida cívica. Daí que o liberalismo social, defendido pelo autor, se ponha em busca de uma liberdade positiva, que viabilize a realização pessoal, que dê condições à efetivação das qualidades de cada indivíduo – o que por sua vez é o que abre caminho para a conquista da autonomia. Em reação ao Estado de bem-estar no qual resultou essa forma de política foi que emergiram Mises, Hayek e Friedman, mas sua opção neoliberal demonstra baixa sensibilidade social e pequena compreensão histórica. Particularmente em países com déficit de adequação ao liberalismo, como o nosso, uma concepção mais refinada é necessária. Oportunamente, Brasil e América Latina são o tema da seção final de O Argumento Liberal, que ao fim desse percurso se prova uma das mais consistentes defesas do liberalismo jamais realizadas em língua portuguesa.


ENDOSSOS

O Argumento Liberal realça e confirma três dos traços que vêm marcando a constante presença e o reconhecido talento de José Guilherme Merquior na vida intelectual de nosso país: um implacável vigor polêmico; uma erudição excepcional, na sua pertinência e amplitude; uma inteligência superior, instigante e apurada [...].” – CELSO LAFER, Isto É (15/6/1983)
 

CURIOSIDADES

• Este é um dos mais importantes livros para entender a defesa merquiorana do liberalismo – uma das mais brilhantes já feitas no Brasil e, contudo, ainda pouco apreciada.

• Merquior faz críticas contundentes ao neoliberalismo, hoje muito discutido, e sustenta um social-liberalismo (cujo nome é lembrado, mas cujos princípios são esquecidos, na política nacional).

O Argumento Liberal, composto de numerosos ensaios curtos, cobre ampla gama de pensadores e de temas.

• Além de numa refinada discussão filosófica, a obra se engaja em diálogos e polêmicas com intelectuais que despertam o interesse de enorme número de leitores.

• O autor conjuga debate teórico, investigação historiográfica e preocupação com temas locais.

• Nossa edição conta com posfácios de estudiosos e com fac-símiles do Arquivo José Guilherme Merquior / É Realizações Editora.
 


SUA LEITURA SERÁ ESPECIALMENTE PROVEITOSA PARA:

• Liberais e demais interessados no liberalismo político.

• Admiradores dos intelectuais que são comentados no livro: Hayek, Kolakowski, Habermas, Rawls, Gellner, Lefort, Castoriadis, Colletti, Clastres, Dumont, K. Polanyi, Macpherson, Semprún, Debray, Chaui, Romano, Bornheim, Freyre, Buarque.

• Pesquisadores de temas como críticas ao marxismo, críticas à dialética hegeliana, críticas ao romantismo, Kant, Vico, racionalismo crítico, pensamento social brasileiro, filosofia no Brasil.

• Professores de história das ideologias, filosofia política, filosofia contemporânea, filosofia moderna, filosofia do direito, teoria geral do Estado, sociologia do conhecimento, sociologia brasileira ou sociologia latino-americana.

• Estudantes de filosofia, ciências sociais, relações internacionais ou direito.



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