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A Face Mutável do Antissemitismo percorre a história do ódio aos judeus

A obra se junta aos demais títulos da Coleção Oriente Médio.

antissemitismo

A Face Mutável do Antissemitismo – Dos tempos antigos aos dias atuais é um livro instigante e revelador do historiador polonês Walter Laqueur, no qual mostra como o ódio aos judeus continua se alastrando pelo mundo.

Com tradução de Rodrigo Maltez Novaes, a obra se junta aos demais títulos da Coleção Oriente Médio com seus onze capítulos muito bem estruturados:

  • O Novo Antissemitismo
  • Interpretações do Antissemitismo
  • O Antijudaísmo Antigo e o Medieval
  • O Iluminismo e Além
  • O Racialismo e as Conspirações Judaicas
  • A Caminho do Holocausto
  • O Antissemitismo Contemporâneo
  • A Assimilação e seus Descontentes
  • O Antissemitismo e a Esquerda
  • O Antissemitismo e o Mundo Muçulmano
  • À Guisa de Conclusão

“Como explicar o antissemitismo?”, escreve Walter Laqueur.

Para o historiador polonês, o conceito tem uma história muito longa, mas começou a ser escrita apenas no século passado:

“Somente depois da Segunda Guerra Mundial e do desastre que se abateu sobre os judeus da Europa foi que surgiram as muitas tentativas de analisá-lo e compreendê-lo.”

De acordo com o pensador, várias questões ainda estão em aberto e muitas delas permanecerão assim por muito tempo ainda.

Entre essas questões: “em que medida houve continuidade entre o antissemitismo tradicional, religioso, que prevaleceu até a segunda metade do século XIX e o antissemitismo racialista que o sucedeu e que levou ao assassinato em massa durante a Segunda Guerra Mundial.”

Durante a leitura de A Face Mutável do Antissemitismo descobre-se em que medida pesaram os motivos econômicos e psicológicos; e, além disso, se historicamente foi somente consequência da rejeição do cristianismo e do islã.

A Face Mutável do Antissemitismo é indispensável para apreciadores dos temas:

  • História
  • Cristianismo
  • Judaísmo
  • Islamismo
  • Relações internacionais
  • Política
  • Iluminismo
  • Holocausto

Confira trechos de cada capítulo!

O Novo Antissemitismo

“Seja como for definido ou classificado, o antissemitismo, a judeofobia ou o ódio e a suspeita aos judeus surgiu ao longo da história e em muitas partes do mundo com vários graus de intensidade. Isso não terminou com Hitler e a Segunda Guerra Mundial.”

“A primeira e óbvia questão nesse contexto é: o que há de diferente nos judeus que pode ter atraído ataques e perseguições?”

“No entanto, ao mesmo tempo, os judeus se uniam, se isolavam e se consideravam melhores do que os outros (ou pelo menos assim eram vistos pelos outros), por serem o povo eleito e por terem uma conexão especial com o deus deles. Isso causava ressentimento e, às vezes, desprezo, mas não era realmente uma das principais questões do mundo antigo.”

Interpretações do Antissemitismo

“‘Antissemitismo’ é um termo relativamente recente. A maioria dos historiadores afirma que foi cunhado em 1879 por Wilhelm Marr, um jornalista alemão.”

“O antissemitismo era sinônimo de judeofobia racial, distinto do ódio religioso anterior aos judeus.”

“É verdade que o antijudaísmo do século XVII havia mudado de caráter na medida em que a motivação social se tornava gradualmente mais forte que o ódio religioso.”

O Antijudaísmo Antigo e o Medieval

“O primeiro incidente registrado de uma grande ação antijudaica é a destruição do templo judeu em Elefantina, a colônia militar egípcia em 410 a. C.”

“A maioria dos historiadores concorda que o antissemitismo existiu durante todo o período helenístico, mas não era uma questão primordial.”

“Jesus Cristo era judeu e os apóstolos também; originalmente, ele queria mudar o judaísmo, embora de forma radical, mas não para criar uma nova religião.”

O Iluminismo e Além

“Enquanto os principais pensadores do Iluminismo lutavam pela tolerância, sua atitude para com os judeus era, no mínimo, reservada. Voltaire não tinha nada além de desprezo pelos judeus que, a seu ver, eram intolerantes e fanáticos.”

“Em geral, havia um limite implícito no antissemitismo dos filósofos franceses, pois, já que pregavam a tolerância e o humanismo, não podiam excluir totalmente os judeus.”

“Visto em perspectiva histórica, as ideias do Iluminismo levaram à emancipação dos judeus, mas também contribuíram para o surgimento do antissemitismo moderno, particularmente na França.”

Descubra o que outros pensadores achavam dos judeus lendo A Face Mutável do Antissemitismo na íntegra!

A Face Mutável do Antissemitismo, de Walter Laqueur.

O Racialismo e as Conspirações Judaicas

“A religião teve um declínio no século XIX, mas o antissemitismo, não.”

“Não se podia confiar nos judeus, mesmo que renunciassem à sua fé religiosa.”

“O antissemitismo racialista inicial não tinha um programa claro sobre o tratamento dos judeus. Wilhelm Marr, que cunhara o termo ‘antissemitismo’, achou que era tarde demais para fazer algo a respeito. Os judeus já estavam dominando a vida econômica e política do país (Alemanha), bem como a cena cultural e concluiu seu livro com as palavras ‘Finis Germaniae’, o fim da Alemanha.”

A Caminho do Holocausto

“A principal cena do antissemitismo entre as duas guerras mundiais foi o Leste Europeu.”

“Para os antissemitas, os judeus eram um corpo estranho que não podia ser assimilado; eles eram considerados radicais de esquerda essencialmente antipoloneses, pro-soviéticos.”

“O antissemitismo na Hungria cresceu na década de 1930, parcialmente sob o impacto da depressão econômica mundial, e, assim como na Polônia, os judeus foram responsabilizados pelas misérias econômicas que atingiram o país.”

“O antissemitismo romeno, talvez o mais virulento da Europa durante o século XIX, tinha certas características comuns com o antissemitismo na Polônia e na Hungria. As universidades desempenharam um papel central em sua militância e disseminação.”

O Antissemitismo Contemporâneo

“Até o final da Segunda Guerra Mundial, os movimentos nazistas, fascistas e de extrema direita eram os principais patrocinadores e portadores do antissemitismo. Havia pouco ou nenhum antissemitismo declarado à esquerda. O antissemitismo muçulmano era de caráter tradicional e não desempenhava nenhum papel importante, exceto esporadicamente e em nível local.”

“O antissemitismo não desapareceu, mas a bestialidade particular do assassinato em massa tornou difícil mesmo para admiradores de Hitler mais recentes explicar e justificar esse aspecto particular do nazismo.”

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A Assimilação e Seus Descontentes

“A explicação mais simples sobre o antissemitismo veio, não surpreendentemente, dos antissemitas: o antissemitismo é a reação inevitável dos não judeus aos delitos dos judeus. Os judeus rejeitaram a mensagem de Jesus Cristo e Maomé.”

“Com a ascensão do cristianismo, vieram as acusações de deicídio e, na Idade Média, a acusação de que os judeus em seus livros secretos estavam ridicularizando tanto Jesus como Maria.”

“O empréstimo de dinheiro é uma instituição necessária e até vital, mas não popular na sociedade; faz com que aqueles que emprestam fiquem vulneráveis a acusações de serem ‘sanguessugas’ e ‘parasitas’. Quando Shakespeare criou a figura de Shylock, os judeus tinham sido expulsos da Inglaterra havia pouco mais de trezentos anos, mas a figura do usuário como sanguessuga ficara gravada na consciência pública.”

O Antissemitismo e a Esquerda

“O antissemitismo moderno, tal como surgiu no início do século XIX, era de inspiração nacionalista, racialista e populista de direita.”

“A esquerda, por outro lado, era a herdeira do Iluminismo e seus ideais eram os da Revolução Francesa, não apenas de liberdade e igualdade, mas também de fraternidade. A esquerda representava a libertação dos oprimidos. Em vista de sua orientação ideológica básica, a esquerda não poderia ser antissemita enquanto grupo.”

“Os esquerdistas judeus viam a si mesmos como cidadãos de seus países, patriotas do mundo, não membros de uma seita anacrônica.”

O Antissemitismo e o Mundo Muçulmano

“O Alcorão e seus intérpretes tinham muitas coisas conflitantes a dizer sobre os judeus, e esses escritos têm sido importantes para moldar as atitudes árabes e muçulmanas até hoje — especialmente em eras em que a religião fundamentalista figura de forma proeminente.”

“Como os judeus viviam sob o domínio muçulmano? Em geral, consideravelmente melhor do que na Europa cristã até o século XVIII, e não houve holocausto no mundo muçulmano.”

“Mas também é verdade que os judeus nos países muçulmanos estavam, como diz o Alcorão, no estado de miséria por terem rejeitado a mensagem de Maomé.”

À Guisa de Conclusão

“O antissemitismo é um tópico histórico, mas, como ainda não terminou, não é apenas de interesse histórico. A hora de escrever seu epitáfio ainda não chegou.”

O que achou de A Face Mutável do Antissemitismo – Dos tempos antigos aos dias atuais? Um livro e tanto, não é mesmo?

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