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René Girard: 3 perguntas para o historiador Maurício G. Righi

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René Girard, o que você sabe deste importante pensador? Quais conceitos elaborados por ele você conhece? Um nome mais do que imprescindível para compreender o mundo e a nós mesmos, é o tema da vez no Blog da É. A fim de instigar o convite para conhecer sua obra, convidamos o historiador Maurício G. Righi para bater um papo rápido sobre o pensamento girardiano. Confira!

É Realizações: É importante entender o mínimo de teoria mimética para compreender o mundo de hoje?
Maurício G. Righi: A teoria mimética, cujos insights envolvem esclarecimentos universais, tanto sobre a natureza humana quanto sobre o funcionamento de nossas instituições fundantes, oferece chaves explicativas absolutamente imprescindíveis a todos os que buscam uma compreensão abrangente, profunda e elevada sobre os fenômenos que os cercam, tanto do passado quanto do presente. A teoria mimética esclarece os fundamentos das relações humanas, como também sua orientação primeira e última no “desejo de ser”, e o faz valendo-se da literatura, antropologia, psicologia, história e teologia. Em suma, é uma teoria de longuíssimo alcance com fortíssimo embasamento antropológico. Estudá-la e refletir-lhe os ensinamentos, é sobremaneira estudar a si mesmo, observando um espelho que ilumina sombras e ocultamentos, disfarces e falsificações, em nós e nos outros.

Quem lê René Girard abre a mente para que tipo de realidade?
Essa é uma boa pergunta, pois os livros de Girard nos abrem, em geral, para nós mesmos, dizendo-nos que, o que está ali escrito, somos nós; o texto fala de nós, das pessoas que conhecemos, nossos amigos e familiares, conhecidos e adversários; em suma, de nosso meio social. Há um girardiano célebre, um intelectual de renome, cujo nome não vou revelar, o qual, ao comentar a impressão que teve ao ler, pela primeira vez, Coisas Ocultas desde a Fundação do Mundo, disse: “era como se o livro estivesse me lendo, e não eu o livro.” Isso se dá porque a teoria mimética tem sua base primeira naquilo que há de mais estruturante no ser humano: o mimetismo do desejo em sua inclinação para apropriar-se das coisas e dos outros. Somo animais altamente miméticos, o que significa dizer que aprendemos rapidamente e em quantidade, mas, também, que rivalizamos rapidamente e em quantidade. A realidade que Girard nos apresente é a nossa própria estrutura mimética universal, o alfa e o ômega de nossas paixões.

Qual é o melhor título para começar a estudar as ideias de René Girard?
Uma pergunta difícil. Até pouco tempo atrás, eu recomendava Via Satanás Cair como um Relâmpago, mas hoje em dia acho melhor começar realmente pelo começo, ou seja, lendo a primeira obra de Girard, integrando, dessa forma, seus conceitos e categorias fundamentais. Portanto, acho que é o seu primeiro livro: Mentira Romântica e Verdade Romanesca. Mas, uma dica, leiam-no pelos menos duas vezes, a fim de realmente apreender o raciocínio por trás de todo o desenvolvimento teórico do francês.

Mentira Romântica e Verdade Romanesca, de René Girard.Este livro abaixo, A Conversão da Arte, acompanha o DVD O Sentido da História no qual Girard e Benoît Chantre discutem acerca de pensadores e artistas dos séculos XIX e XX.

René Girard
A conversão da arte, de René Girard.

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