A Imaginação Moral – Jane Austen e George Eliot, Burke e Stuart Mill, Disraeli e Churchill, Oakeshott e Trilling e outros

AUTOR:
Himmelfarb, Gertrude

TRADUÇÃO:
Langone, Hugo

Editora:
É Realizações

Gênero:
Ciências Humanas e Sociais

Subgênero:
Crítica Cultural

Formato:
16 x 23 cm

Número de Páginas:
280

Acabamento:
Brochura

ISBN:
978-85-8033-336-7

Ano:
2018
Pertence à coleção:
Coleção Abertura Cultural

Tags:
conservadorismo, história das ideias, biografia intelectual, literatura inglesa e filosofia inglesa

A Imaginação Moral – Jane Austen e George Eliot, Burke e Stuart Mill, Disraeli e Churchill, Oakeshott e Trilling e outros

R$82,90

Sinopse

A história de Gertrude Himmelfarb se confunde com a história do conservadorismo norte-americano. Uma acadêmica prestigiada, ela está entre os eruditos responsáveis por revisitar a tradição conservadora britânica e, ao comentá-la, renovar o próprio pensamento conservador – numa galeria que deve incluir também seu falecido marido, Irving Kristol, além de Russell Kirk, Lionel Trilling, entre outros. Até seu contemporâneo e amigo Trilling, e desde o político do século XVIII Edmund Burke, Himmelfarb identifica uma miríade de artistas e pensadores que, com suas vidas e com suas obras, manifestaram a atitude a que esses dois eruditos chamaram “imaginação moral”: a tendência de enxergar as ações humanas como portadoras de significado, e os indivíduos como responsáveis por cultivar a ordem na vida comunitária.

Neste livro, ela reúne ensaios biográficos sobre as principais dessas personalidades: além de Burke e Trilling, Michael Oakeshott, Winston Churchill, John Stuart Mill, Jane Austen, Charles Dickens, Benjamin Disraeli, Walter Bagehot, George Eliot, John Buchan e os Irmãos Knox (Edmund, Dillwyn, Wilfred e Ronald). O compilado assume o tom de uma homenagem, já que tais figuras foram decisivas para a formação da própria autora. Com a capacidade e a sutileza conhecidas, Himmelfarb destaca, de cada um dos intelectuais, um evento, uma ideia ou um traço comportamental, e os descreve ao mesmo tempo com riqueza de detalhes e com uma leveza que nos deixa ler a obra com o prazer de quem acompanha uma boa história.

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SOBRE O LIVRO

Gertrude Himmelfarb pertence à geração de intelectuais norte-americanos que redescobriram a riqueza do conservadorismo britânico e que, refletindo sobre essa tradição, renovaram o próprio pensamento conservador. Todos esses intelectuais tornaram-se, eles mesmos, ícones do conservadorismo contemporâneo. Ao lado de Himmelfarb, podem ser citados seu falecido marido, Irving Kristol, além de Lionel Trilling, Russell Kirk e ainda outros. Ela se destaca como a historiadora do grupo – uma acadêmica prestigiada, especialista em Inglaterra vitoriana e muito sensível ao papel dos costumes sociais na organização política das culturas. Esta especial aptidão já havia sido demonstrada no famoso livro Os Caminhos para a Modernidade, e enfatizada no comentário de José Luiz Bueno, Gertrude Himmelfarb – Modernidade, Iluminismo e as virtudes sociais, publicado na coleção Biblioteca Crítica Social, coordenada pelo filósofo Luiz Felipe Pondé. Em A Imaginação Moral, a historiadora homenageia os eruditos e literatos que a influenciaram, num arco temporal que abrange de Edmund Burke a seu próprio amigo Lionel Trilling. A lista ainda inclui Michael Oakeshott, Winston Churchill, John Stuart Mill, Jane Austen, Charles Dickens, Benjamin Disraeli, Walter Bagehot, George Eliot, John Buchan e os Irmãos Knox (Edmund, Dillwyn, Wilfred e Ronald).

Com um capítulo dedicado a cada uma dessas figuras, A Imaginação Moral se apresenta como um compilado de ensaios biográficos. Trata-se de uma coletânea nada ordinária, entretanto. Gertrude Himmelfarb põe em prática a sua habilidade de entrelaçar os hábitos comunitários com o panorama sociocultural e de reconhecer nos mais prosaicos atos de um indivíduo as marcas indeléveis de seu caráter. De cada personalidade, ela destaca uma ideia, característica ou acontecimento reveladores: de Burke, a afinidade (não muito evidente) com o espírito judaico, e a ressonância disto em sua crítica ao Iluminismo e à Revolução Francesa; de Oakeshott, a pertinência do conceito de “disposição conservadora”, e a coerência e profundidade de sua produção bibliográfica; de Churchill, o heroísmo de seus feitos, que o coloca na galeria dos grandes homens, dos que fizeram história (ainda que os traços de seu temperamento nos lembrem ter se tratado, afinal, de um ser humano comum); de Mill, a repercussão em seu pensamento de certas vivências pessoais, e a existência de ideias mais conservadoras que liberais em alguns dos seus textos menos conhecidos; de Austen, a sagacidade de ilustrar, no romance Emma, como o aprendizado dos hábitos mais simples aponta para a educação dos valores mais elevados; de Trilling, a atitude de encarar a vida moral com realismo etc.

Todos esses pensadores estão unidos, tanto em suas ideias como em suas histórias de vida, pelo cultivo de uma “imaginação moral”. Este conceito – cunhado pelo primeiro erudito que é comentado na obra, Edmund Burke, e recuperado pelo pensador cuja análise encerra a coletânea, Lionel Trilling – denota a inclinação de nos olharmos, e a nossos semelhantes, como agentes éticos (em vez de meros itens da natureza ou da sociedade), e assim entendermos que todas as ações portam valores, conforme promovam ou inviabilizem uma boa ordem na experiência humana. Noção que serviu de base também ao comentário de Russell Kirk A Era de T. S. Eliot – A imaginação moral do século XX, essa é uma ideia profícua, o que explica a variedade dos temas abarcados pela obra de Himmelfarb. Entre as figuras desta galeria histórica, há filósofos, romancistas, políticos, um crítico literário, um jornalista e uma família de cientistas e clérigos. Seja o assunto religião, sexualidade ou administração pública: tais personagens provaram, com suas vidas e com suas obras, que é sempre possível participar da realidade com consciência moral. Gertrude Himmelfarb, por sua vez, prova – neste volume que é um primor de estilo literário e de pesquisa acadêmica – que, complementando a atuação perniciosa da intelectualidade pública (exemplarmente mapeada por Thomas Sowell em Os Intelectuais e a Sociedade), há uma boa atitude possível aos pensadores e aos artistas: deixar a realidade falar.

 

ENDOSSOS

“Um livro complexo e desafiador, escrito por uma das mais brilhantes acadêmicas do mundo, em sua melhor forma. [...] Você se surpreenderá a cada passo do percurso.”
– David Gelernter, Weekly Standard 

“Clara e sensata. [...] A autora tem uma compreensão admirável das características pessoais, históricas e intelectuais das personagens que analisa.”
– Peter Heinegg, America

“Uma alegria de ler. [...] Estes serenos, perspicazes e sensíveis ensaios são um oásis de reflexão e de interesse numa era que urra, que se assoberba e que aponta o dedo para todos os lados.”
– Sam Coale, Providence Journal

 

CURIOSIDADES

• Gertrude Himmelfarb está entre os intelectuais conservadores mais lidos e admirados pelo público brasileiro.

• Ainda assim, este será apenas o seu segundo livro editado no país: os escritos da historiadora continuam sendo novidade em língua portuguesa.

• O interesse pela autora recebeu um novo estímulo da recente publicação do livro Gertrude Himmelfarb – Modernidade, Iluminismo e as virtudes sociais, de José Luiz Bueno (integrante da coleção Biblioteca Crítica Social, coordenada pelo filósofo Luiz Felipe Pondé).

• Todos os pensadores abordados em A Imaginação Moral são de primeira importância para o entendimento do liberal-conservadorismo – uma escola que tem crescentemente despertado a atenção dos estudiosos da política.

• Três desses eruditos já foram publicados pela É Realizações, todos recebendo ampla aceitação dos leitores: Michael Oakeshott, Lionel Trilling e John Stuart Mill.

• Edmund Burke, que também é tema de um dos capítulos, é o objeto de um livro inteiro de Russell Kirk, um dos títulos mais procurados do catálogo da Editora: Edmund Burke – Redescobrindo um gênio.

• A Imaginação Moral serve de introdução, de uma só vez, à história do conservadorismo (já que expõe a biografia das principais influências sobre essa tradição) e à obra de Himmelfarb (pois contempla os eruditos que marcaram o pensamento dela mesma, atualizando artigos que a autora publicou no decorrer de sua extensa carreira).

 

SUA LEITURA SERÁ ESPECIALMENTE PROVEITOSA PARA:

• Admiradores de Gertrude Himmelfarb.

• Apreciadores da tradição conservadora de língua inglesa.

• Leitores dos eruditos e literatos que são os temas dos capítulos do livro: Edmund Burke, Michael Oakeshott, Lionel Trilling, Winston Churchill, John Stuart Mill, Jane Austen, Charles Dickens, Benjamin Disraeli, Walter Bagehot, George Eliot, John Buchan, Edmund Knox, Dillwyn Knox, Wilfred Knox e Ronald Knox.

• Interessados em biografias de grandes intelectuais.

• Estudantes de história, letras, ciências sociais ou teologia.

• Professores de história inglesa, história política, história da literatura, história contemporânea ou literatura comparada.

• Pesquisadores de tópicos como história das ideias políticas e pensamento conservador.