Compartilhe, , Google Plus, Pinterest,

Imprimir

Posted in:

Viktor Frankl, o sofrimento humano e a vontade de sentido

O Sofrimento Humano­ – Fundamentos Antropológicos da Psicoterapia é mais um magnífico livro de Viktor Frankl disponível no catálogo da É Realizações. Leitura imperdível para interessados em psicologia, psicanálise e logoterapia, a bela edição contou com tradução de Renato Bittencourt e Karleno Bocarro.

Já a revisão técnica ficou a cargo de Nilsy Helena Quintino Madeira, da Associação Brasileira de Logoterapia e Análise Existencial Frankliana. Por sua vez, o prefácio à segunda edição brasileira é assinado por Heloisa Reis Marino, psicóloga e docente em logoterapia em diversas instituições especializadas do Brasil.

É um livro para se aprofundar no assunto. O leitor ou estudioso da obra frankliana pode ainda fazer uso do índice remissivo e do índice onomástico para localizar assuntos específicos. Além disso, a edição oferece uma bibliografia latino-americana sobre logoterapia.

“O que de fato impulsiona o homem não é nem a vontade de poder nem a vontade de prazer, mas sim o que chamo de vontade de sentido”, escreve Viktor Frankl em O Sofrimento Humano­. E essa é apenas uma das análises profundas feitas pelo autor nessa edição de quase 350 páginas.

Confira mais alguns trechos de O Sofrimento Humano­, livro de Viktor Frankl.

“Um homem, de fato, está sempre orientado para algo que o transcende, seja um sentido a realizar, seja uma pessoa a encontrar. De uma maneira ou de outra, sua natureza o leva a se ultrapassar. A transcendência de si mesmo constituir assim a essência da existência humana.”

“Quando o indivíduo se torna atento às situações, a vida volta a ter sentido para ele. E fica imunizado contra as duas sequelas do vazio existencial que são o conformismo e o totalitarismo. Uma consciência ‘alerta’ lhe dá a força de resistir, e assim ele nem se resigna ao conformismo nem se curva diante do totalitarismo.”

Apesar de ser uma leitura voltada majoritariamente para estudiosos de psicologia, psicanálise e logoterapia, leitores gerais, admiradores de Viktor Frankl, terão momentos de profundo deleite com considerações sensíveis acerca do sentido da vida.

Leia, por exemplo, o belíssimo trecho: “somente na medida em que eu desisto, em que renuncio ao meu ser-assim, tudo que é mais do que eu pode tornar-se visível. Esta renúncia é o preço que devo pagar para conhecer o mundo, para conhecer aquilo que é mais do que a simples expressão do meu próprio ser. Em síntese: devo transcender a mim mesmo. Se não puder fazê-lo, então minha capacidade cognitiva fica restringida; eu mesmo e o conhecimento de mim mesmo ficamos no caminho, tornamos-nos obstáculos”.

O que é logoterapia?

A logoterapia é conhecida também como a psicoterapia do sentido da vida, sendo considerada a terceira escola vienense de psicoterapia. São as outras duas a psicanálise freudiana e a psicologia individual adleriana.

Para Viktor Frankl, o que impulsiona o ser humano não é a vontade de poder (Adler) nem a vontade de prazer (Freud), mas sim a vontade de sentido. O que Viktor Frankl concebe como visão de mundo é a possibilidade de todo indivíduo encontrar uma razão que faça sua vida ter sentido. E essa razão não é encontrada dentro de si mesmo, mas fora, como uma espécie de compromisso com o mundo (ou alguém) ou até mesmo uma missão.

A logoterapia é uma psicoterapia orientada para o espírito. Para Frankl, o ser humano encontra o sentido da vida quando se vê absorvido pela dedicação a uma determinada tarefa, porque nisso se esquece de si mesmo.

Gostou do assunto? Deseja saber mais?

Adquira já o seu exemplar de O Sofrimento Humano­! Clique na imagem da capa!

O Sofrimento Humano, de Viktor Frankl.

Quem foi Viktor Frankl?

Viktor Emil Frankl nasceu em 1905 em uma família austríaca judia. Considerado um dos mais importantes psiquiatras da História, criou um método terapêutico chamado logoterapia, que consiste na busca pelo sentido da vida.

Viktor Frankl e as guerras

Filho de funcionários públicos, Frankl vivia bem financeiramente até a Primeira Guerra Mundial, quando sua família passou a viver praticamente de caridade. Quando o nazismo tomou conta da Europa, Viktor Frankl e sua família foram para os campos de concentração. O jovem intelectual perdeu sua esposa, Tilly Grosser, além de seus pais. O pai e a mulher morreram de exaustão, e a mãe na câmara de gás.

Viktor Frankl: o intelectual

O interesse de Frankl por filosofia e psicologia começou em tenra idade. Aos 16 anos, apresentou sua primeira palestra, cujo tema era “Sobre o Sentido da Vida”. Logo após a conclusão do ensino médio, quando escreveu a monografia “Sobre a Psicologia do Pensamento Filosófico”, em 1923, Frankl começou a se corresponder com Freud. Aos 19 anos, estudando medicina, escreveu o primeiro artigo científico, para a revista International Journal of Individual Psychology. Ao longo de sua trajetória, ganhou mais de 25 títulos honorários.

Abaixo, leia trechos do perfil exclusivo: Viktor Frankl, o homem do sentido

“Foi nestes anos de horror que o grande intelectual do sentido da vida construiu a primeira versão do livro Em Busca de Sentido – Um Psicólogo No Campo de Concentração.

“Durante nove dias seguidos registrou em um gravador todas as suas emoções, expectativas e dores diante do nunca antes imaginado – e o que jamais teria fim, mesmo estando já liberto.

“Entre elas, ter visto a própria mãe sendo obrigada a entrar em uma câmara de gás.”

Confira outros livros de Viktor Frankl no catálogo da É Realizações!

E continue acompanhando as novidades de nossa editora pelo Instagram!

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *