Sinopse
Da Dúvida é um convite a que o leitor vivencie a experiência intelectual da própria esterilidade do intelecto. Trata-se de uma reconsideração da epistemologia moderna, que expande o seu ceticismo até um ponto pouco explorado: aquele em que se nota a necessidade de que duvidemos da dúvida ela mesma.
De fato, trata-se de um filósofo versátil e escritor genial, que impressiona pela capacidade de articular diferentes campos do saber e de aplicá-los à análise dos fenômenos emergentes. Isto é o que demonstram, também, os posfácios incluídos nesta reedição, assinados por Celso Lafer, Julio Cabrera e Soraya Guimarães Hoepfner.
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sobre o livro
A marca distintiva do pensamento moderno tem sido a procura por uma racionalidade inabalável, que comporte – para, se possível, superar – a afirmação do ceticismo. Já o traço que distingue a época contemporânea – quer a consideremos parte da modernidade, quer não – é a ênfase na comunicação mais do que nas asserções, nas relações mais do que nas individualidades, nos meios mais do que nos propósitos. Que haja um solo comum, virtual ou efetivo, a essas duas atitudes é algo muitas vezes intuído, mas dificilmente demonstrável. Surgidos em diferentes períodos da produção de Vilém Flusser, os livros que estão sendo lançados em simultâneo permitem ver continuidades e tensões entre o mundo da dúvida e o mundo da tecnologia. Permitem, antes ainda, perceber a coerência entre os escritos de Flusser sobre temas epistemológicos e suas reflexões sobre a ontologia sugerida pela era digital. De um lado, Da Dúvida, livro muito bem recebido pela intelectualidade brasileira quando de sua primeira publicação; de outro lado, Filosofia da Caixa Preta – Ensaios para uma filosofia da fotografia, livro adotado em inúmeros cursos de fotografia país afora e possivelmente, até hoje, a obra de Vilém Flusser mais conhecida no Brasil. Esta reedição inclui ensaios críticos enriquecedores, de intelectuais como o ex-ministro Celso Lafer, o filósofo Julio Cabrera, a pesquisadora de filosofia da mídia Soraya Guimarães Hoepfner, a professora da USP Maria Lília Leão, o professor da PUC-SP Norval Baitello Junior e a professora da UEMG Rachel Costa.
Da Dúvidase propõe a levar o pensamento moderno até as últimas consequências porque um passo restou não efetuado no projeto de duvidar de todos os conceitos e ideias: nomeadamente, duvidar da própria dúvida. A fé na dúvida é tão determinante para a modernidade quanto o fora a fé em Deus para a Idade Média, sendo pressuposta até por gênios inconformistas, como os escritores do absurdo. Isso impõe um desafio imenso a quem se prontifica a duvidar da dúvida: fazê-lo significa questionar o próprio conceito de realidade, dizer que esta, tal como concebida, é impossível de viver. De imediato, duvidar da dúvida parecerá a nossos contemporâneos um indício de loucura. Mas, justamente, isso é o que se deve fazer para experimentar o drama próprio à modernidade. Nossa época foi reduzida ao absurdo, porque se baseara em uma premissa insustentável – a de que a realidade encontra abrigo no intelecto. O resultado foi descobrir que “tudo é nada”, e hoje o que há para ser vivenciado é tão-somente o niilismo. Flusser recusa a maneira fácil de lidar com o problema: repaginar velhas doutrinas, buscando sentido no que já foi tornado vazio. Seu expediente consiste em experimentar a perplexidade, vivenciar intelectualmente a esterilidade do próprio intelecto. O livro portanto supõe a perda da fé no racionalismo, e não se arroga a recuperá-la. Na verdade, os fundamentos do intelecto são incompreensíveis, por isso escapando ao âmbito da filosofia; mas podem ser inseridos num campo mais apropriado. O que se tenta, aqui, é endossar uma precária esperança na sobrevivência de um mínimo senso de realidade.
Curiosidades
• Da Dúvida obteve excelente repercussão na intelectualidade brasileira quando de seu primeiro lançamento.
• Os autores dos ensaios críticos que acompanham esta reedição são intelectuais destacados, que aqui reconhecem o valor da obra de Flusser: o ex-ministro Celso Lafer, o filósofo Julio Cabrera e a pesquisadora de filosofia da mídia Soraya Guimarães Hoepfner.
• Também disponível acompanhada de Filosofia da Caixa Preta, o box permite ver a coerência da reflexão de Flusser e as implicações mútuas entre os temas diversos dos quais o filósofo tratou – epistemologia, novas mídias, comunicação, tradução etc.
• A coleção é coordenada por Rodrigo Maltez Novaes, pesquisador de doutorado filiado ao Arquivo Vilém Flusser da Alemanha, e Rodrigo Petronio, colaborador de Dora Ferreira da Silva, poetisa com quem Flusser também se correspondeu intensamente.
• Nossa edição faz jus ao pioneirismo das ideias de Flusser ao apresentá-las com um projeto gráfico moderno, sofisticado e arejado.
SUA LEITURA SERÁ ESPECIALMENTE PROVEITOSA PARA:
• Leitores de Vilém Flusser.
• Estudantes de filosofia ou comunicação social.
• Professores de teoria do conhecimento, ontologia, filosofia da comunicação, teoria da comunicação, filosofia da ciência, filosofia contemporânea, filosofia moderna ou sociologia do conhecimento.
• Pesquisadores de temas como filosofia da cultura, metaontologia, epistemologia das ciências humanas, críticas a Descartes, pensadores heideggerianos, pensamento europeu do pós-Guerra, filósofos estrangeiros radicados no Brasil, filosofia brasileira do século XX.
• Apreciadores do ensaísmo filosófico de língua portuguesa.
• Admiradores do círculo intelectual a que Flusser se associou em São Paulo (notadamente, o Instituto Brasileiro de Filosofia) ou dos estudiosos que ele teve como interlocutores (por exemplo, Vicente Ferreira da Silva, Guimarães Rosa e Celso Lafer).